
Cada país apresentará sua carta de intenções e o grande objetivo do acordo é evitar que o globo terrestre tenha um aumento de 2 graus celsius em sua temperatura média até 2100, comparado ao período pré-industrial.
Fato: o mundo está ficando mais quente. Em 2015 aconteceram os seis meses mais quentes de toda a história. Eventos cíclicos, como o El Niño, estão cada vez mais potentes, impactando a vida de milhares de pessoas. Se as metas de temperatura não forem alcançadas as consequências serão duras, para todos.
Desde a revolução industrial o homem vem produzindo e lançando CO2 (e outros gases) em enormes quantidades na atmosfera através da queima de combustíveis fósseis. O CO2 é um gás vital para o planeta. Ele retém o calor emitido pelo sol, regulando a temperatura do planeta, porém, em excesso, o CO2 agrava o aquecimento na terra, ocasionando o popularmente conhecido Efeito Estufa.
O que foi feito?
Muitas tentativas já foram feitas para chegar num acordo, porém sem resultados expressivos. O evento mais emblemático foi o realizado em Kyoto, no Japão, em 1998, onde foi assinado o Protocolo de Kyoto. O Protocolo entrou em vigor em 2005, porém a emissão de gases de efeito estufa aumentou em 16,2% desde 2005. Muitos analistas dizem que se não fosse o acordo de Kyoto o aumento seria muito maior.
A maior economia do mundo, os Estados Unidos, acabou não assinando o tratado de 1998. Este ano a situação parece ser diferente. Os países industrializados (EUA e Europa) admitem que o preço pago pelo desenvolvimento foi o aquecimento do planeta. Países em desenvolvimento, como a China (atualmente o maior poluidor do planeta) apresentarão seu plano para reduzir as emissões.
O presidente americano Barack Obama já disse “que a hora de agir já passou”. Ou reduzimos as emissões de gases de feito estufa no planeta, ou sofreremos as graves consequências do aquecimento de 2ºC.
O Brasil já está tendo um papel de protagonismo na COP 21, sendo o primeiro país a disponibilizar dados no Lima REDD+ Information Hub, lançado dia 03/12 em Paris.
A central de informações reunirá as ações verificadas que foram implementadas voluntariamente pelos países em desenvolvimento para reduzir as emissões provenientes do desmatamento e degradação florestal, conhecidas como REDD+.
Florestas desempenham um papel central no ciclo do carbono. Quando as árvores são cortadas, não só deixam de absorver carbono, mas liberam gases de efeito estufa.
O desmatamento responde por pelo menos 12 por cento das emissões de CO2 causadas pelo homem, sendo a segunda maior fonte de emissões, depois da queima de combustíveis fósseis. Para muitas nações em desenvolvimento o desmatamento é a maior fonte de emissões de CO2.
Na Indonésia recentemente, queimadas feitas para limpar a terra para a agricultura excederam a média das emissões diárias de toda atividade econômica dos EUA. Por isto proteger as florestas é parte fundamental no combate ao aquecimento global.